quarta-feira, 6 de junho de 2012

Vida


Vida
Tia ju
Dirijo-me a vós, ó mundo,
Para falar da vida.
E  não é aquela que se espera
Ou que saudosa ficou ao vão.
Não.

Falo-vos da chama ardente
Que ferve dentro da gente
Que pulsa sem saber ao certo
Em qual direção.

Digo-vos que esse é a verdadeira vida
Que passa diante de nossos olhos.
Que esmola o mínimo de tempo para
Se fazer existir em meio a tanta exaustão.

Mas mesmo assim, afirmo-vos
Que o tempo é o presente, é o agora,
Pois pode não haver tempo
Para olhar par trás e nem mesmo
Expiar o amanha.
Não.

A vida não se estanca,
Nem tão pouco esmorece.
Para que a deixe, simplesmente,
Passar...
e que isso não seja em vão.

Caro mundo, não somos seres viventes.
É a vida que vive na gente!
Muitos de nós, depósitos fechados,
Escuro e tristes.
Muitos, lugar aberto,
Cheio de luz e canção.
Onde a própria vida se mistura
Sendo que, mesmo passando,
Deixa o que mais há de belo,
Fazendo ficar eternos,
Criador e criação.


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